EXISTENCIALISMO NA EDUCAÇÃO
Toda concepção de educação tem um fundo filosófico que dá sustentação a esta maneira de pensar , assim de maneira breve relato neste texto a corrente existencialista e sua influência na educação.
Principais características:
Inicia depois da 1ª Guerra mundial em meios a grandes crises históricas e mundiais.
Interessa-se pelo homem como ser existente
A existência esta no sujeito, é um modo de ser finito e é possibilidade, ou seja, poder ser. O homem é o que decidiu ser. Ele próprio se faz.
Três pontos principais: Centralidade da existência como modo de ser daquele ente finito que é o homem. Transcendência do ser (o mundo/ Deus) com o qual a existência se relaciona. Possibilidade como modo de ser constitutivo da existência, sem a qual não se pode analisar a existência.
Martin Heidegger (1889-1976)
Um dos principais e mais conhecido filósofo da existência.
A QUESTÃO DO SER: o homem se pergunta sobre o sentido do ser. O homem é o dasein, o ser-aí. Ele esta sempre em uma situação concreta e é ativo nela. Ele não aceita ser uma simples presença, ele é o ente o qual as coisas estão presentes. A essência do ser-aí é a sua existência.
O SER-NO-MUNDO: a existência é transcendência que para Heidegger é superação. O homem é projeto e as coisas do mundo são originalmente utensílios em função do projeto humano. O homem não é um expectador do mundo mas, está nele e envolvido por ele.
Estar no mundo é estar com o outro, não existe sujeito isolado. A minha existência é eu e o outro, é um coexistir.
SER-PARA-MORTE: a única coisa da minha existência que não posso deixar de fazer é morrer. A morte é uma possibilidade permanente que tornam as outras possibilidades impossíveis. A morte não me deixa acomodar-se em um projeto, dá sentido à vida e nos indica a aceitação da finitude.
O existencialismo na educação
O existencialismo declara que o homem é livre e ele constrói sua existência. Ele é autêntico, não deve ser aquilo que a sociedade deseja. A escola não pode ser modeladora de pessoas, mas ajudar o indivíduo a desenvolver sua personalidade livre e criadora.
O educador não pode impor princípios morais, mas levar o aluno fazer escolhas responsáveis.
Ele deve desenvolver no educando a coragem de ser ele próprio.
A importância da educação não reside no quanto os alunos podem aprender, mas na maneira como aprendem e o que representa para eles.
Em suma o existencialismo propõe que a finalidade da educação é desenvolver ao Máximo a criatividade do aluno, levando a ter idéias próprias, num clima de liberdade, mas com responsabilidade.
CONCLUSÃO
Podemos perceber com essa apresentação que cada modo de ver o mundo e o homem, influencia na maneira de conceber a educação. O ideal é que não se deixe de pensar o ser humano concreto como aquele que fala, age, pensa, é livre e é sujeito e agente de sua própria educação.
FONTES
BRUGGER, Walter (org). Dicionário de Filosofia. Trad.: Antonio Pinto de Carvalho. São Paulo: Herder, 1962.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996.
FONTOURA, Amaral. Filosofia da educação. Rio de Janeiro: Aurora, 1975.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia. Trad.: Álvaro Cunha. São Paulo: Paulus, 1991. Vol. I, II, III.
SAVIANI, Dermeval. As concepções pedagógicas na História da educação brasileira. Campinas, 2005.
SILVA, Márcio Bolda. Metafísica e assombro. Curso de ontologia. São Paulo: Paulus, 1994.
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